Detalhes conceituais das obras “Mar é” de 2017
Descrição das obras com as fotos cada um dos 4 livros
DES-EMPREGO – livro Memórias de Emília, personagem de Lobato de uma boneca com características de gente que dita as suas memórias para que o personagem Visconde, um sabugo de milho, que sabe escrever escreva para ela. Na discussão do livro sobre o trabalho, quem faz e quem ganha a fama, a foto de um grupo de crianças negras saem para um mergulho no livro e um dos versos da poesia de Elisa Lucinda “O Semelhante” reitera: “alguém é só o singular da palavra multidão” a posição dos desempregados e do trabalho sucateado no país.
SUBSTANTIVA-CONCRETA: a partir do livro “Emília no país da gramática” história que nos propões a divulgação de um saber descritivo e classificatório da ciência da linguagem, na página destacada trata sobre as formações de palavras e se une a poesia de José Paulo Paes num convite a poesia com percepções e criações de sentido .
FÓSSIL – livro “O poço do Visconde” escrito em prol da extração do petróleo nacional, e verso da poesia de Cecilia Meireles “Liberdade das almas, com letras se elabora” refletem toda a questão da corrupção no Brasil de 2017 e a falta de investimento na área de educação e leitura.
POÇO DE DISCURSOS: o livro “O Pica-pau amarelo”, tem-se a discussão de se estipular margens e limites ao trazer para o Sítio os personagens das fábulas e contos do mundo, na obra ressignificada ao cavar um poço em que ficam a mostra culturas formuladas pelas histórias nos livros. E a poesia de Ferreira Gular “O formigueiro”reitera a condição da elaboração de sentidos.
A ONDA ou MARIELLE – livro “A história de Dom Quixote para Crianças” em formato de onda com crianças e a poesia visual de Arnaldo Antunes , “Perder liberta”, obra memória dos últimos anos em que a renuncia pode significar a liberdade apesar a condição de não realização do que era necessário. Com a vereadora assassinada como titulo da obra, a reflexão de que é necessário muito ainda de leitura e de conhecimento para as novas gerações modificarem o estado da realidade.
Descrição conceitual da obra Dis-curso de 2019
EU-VERBO, intervenção com a foto da artista, envolta em palavras com um verso da poesia de Adélia Prado “O sonho encheu a noite, extravasou para o meu dia”, refletem a condição de leitora presa nos discursos dos livros.
LENCÓIS – com crianças retirando a água nos lençóis embaixo da terra, as palavras, letras. Verso da canção de Elza Soares “embaixo sou doce, em cima salgada”
FLOR DE MEMES - a partir de uma colagem em forma de flor das ilustrações do livro, alguns memes conhecidos de 2019, época da criação. Entre os memes, oitenta tiros, crianças tirando selfie com um chinelo, a ciranda. Verso da poesia de Alice Ruiz, “Use todos os sentidos, faça fazer sentido”.
TEMPO-QUÂNTICO – destaca o tempo e as leituras que carregamos, com trechos da poesia de Leminski Desencontrários “deixo o sono, o sonho não, este eu mesmo carrego” e o verso da poesia de Manuel de Barros Despalavra “os poetas podem arborizar os pássaros” E fotos de indígenas nos lembram que é preciso resguardar, além dos discursos e histórias que nos formam, resguardar as nossas águas e natureza, nosso habitat.
DES-INVENTÁRIO - dois livros formam a obra, uma deles é a “Geografia de D Benta”, com um desenho de mapa, e o livro “História das invenções”, que fala sobre as invenções da época industrial. O trecho da poesia de Marina Colasanti, “ avião se faz ave”. As muitas tiras de frases dos livros, formam uma queda de água, e é possível formar sentidos e frases com o que se lê.